domingo, 20 de abril de 2008

PREÇOS ALTOS DE MEDICAMENTOS FAZEM RESSURGIR A FITOTERAPIA


A Organização Mundial da Saúde (OMS) desde a Declaração da Alma-Ata, em 1978, tem revelado a necessidade de uso de plantas medicinais na atenção primária à saúde.
No município de João Pessoa PB, foi criado o Programa de Plantas Medicinais mediante a aprovação da Lei Municipal 7.630, de 15 de julho de 1994 e, em 2003, foi implantada, por iniciativa de Maria de Fátima de Lacerda Guerra, médica da Equipe Saúde da Família (ESF), a Oficina de Remédios Caseiros na Unidade Saúde da Família, USF Ipês, oferecendo aos usuários uma escolha alternativa e de baixo custo para o tratamento das doenças mais freqüentes na comunidade com a preparação de Doze formulações básicas à base de plantas medicinais colhidas nos hortos do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica (LTF) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), do Mosteiro de São Bento e da própria Unidade de Saúde.
O uso de plantas medicinais como remédio caseiro é uma prática comum entre alguns moradores da Comunidade dos Ipês, localizada na zona leste de João Pessoa, onde residem aproximadamente 1.300 famílias cadastradas no Programa Saúde da Família local (PSF). Trata-se de uma ação multidisciplinar e interinstitucional, uma vez que envolve a participação de membros da comunidade, toda a equipe de saúde local, duas farmacêuticas voluntárias, sendo uma da Secretaria Municipal de Saúde e a outra do LTF, o engenheiro agrônomo do LTF, professores e alunos da disciplina de Fitoterapia da UFPB, mediante o Projeto Fitoterapia para Todos, onde são desenvolvidas ações educativas e programa de rádio na difusora local.
A participação da comunidade nesta experiência é de fundamental importância, devido ao saber popular em saúde, conseguido através da vivência local.
A utilização das plantas medicinais é uma das mais antigas práticas populares em saúde empregadas para o tratamento das enfermidades humanas e muito já se conhece a respeito de seu uso por parte da sabedoria popular.
Por meio de dados fornecidos pela OMS, constata-se que o uso de plantas medicinais pela população mundial tem sido muito significativo nos últimos anos, sendo que este uso tem sido incentivado pela própria OMS. Entretanto, com os avanços científicos, esta prática milenar perdeu espaço para os medicamentos sintéticos, porém o alto custo destes fármacos e os efeitos colaterais apresentados contribuíram para o ressurgimento da fitoterapia.
Veja o resultado desse trabalho em uma pesquisa editada na Revista de Enfermagem de Pernambuco através do site

domingo, 6 de abril de 2008

ERRO MÉDICO

CRIANÇA VEM A ÓBITO COM DIAGNÓSTICO ERRADO


O menino, Rodrigo Roig, de 6 anos morreu no dia 22 de fevereiro, depois de ser atendido por uma médica em uma clínica particular no Rio de Janeiro. Com diagnóstico de dengue, a médica fez o diagnóstico de rinite crônica e justificou que as dores no corpo eram devidas ao estresse muscular.
Como sabemos, um exame clínico detalhado já pode mostrar se a pessoa está com dengue: dores abdominais, vômitos, febre são um alerta. A prova do laço também é importante: quando o braço é pressionado por cinco minutos, se aparecerem pintas vermelhas, é sinal de tendência a sangramento. Rodrigo nem fez esse teste.
Depois de ter sido atendida com receita nas mãos, a criança com dengue voltou pra casa e piorou.
Dois dias depois, Marcos levou o filho a outro hospital. Ele fez o hemograma e, apesar do número baixo de plaquetas, o menino teve alta. De volta ao mesmo hospital, segundo a família, houve mais falhas no atendimento.
Já muito mal, o menino foi trazido para outra clínica, onde o pai diz que ele foi atendido por uma enfermeira, e não por um médico. “Ela não achou mais veia na mão, nem no braço nem nos pés, e aí decidiu chamar a médica”, conta Marcos. Rodrigo morreu menos de duas horas depois.

A ASPIRINA (AAS) é um fármaco que inibe a agregação plaquetária. E no caso de dengue é fatal a sua administração. Esse medicamento é inibidor de COX 2, a qual é responsável pela produção de prostaglandinas. Se receitado a um paciente com suspeita de dengue esta pode converter em um quadro hemorrágico.

A criança veio ao óbito com a dengue hemorrágica.